Nos últimos dias, os alertas já tinham surgido de que Santa Maria e região poderiam passar da bandeira laranja para a vermelha, o que obrigará o fechamento do comércio não essencial e dos restaurantes (só seguirão com tele-entrega, drive-thru e pegue e leve). Diante do aumento do número de casos e de internações por coronavírus, é preciso frear a circulação de pessoas para controlar a doença. Mas temos de entender também o drama dos empresários, autônomos e informais, que precisam sobreviver. Mesmo com ajudas do governo federal e prorrogações de pagamentos de impostos por parte do Estado, a sensação é que fica faltando contrapartida maior por parte do governo estadual.
Santa Maria registra oitava morte por coronavírus
O distanciamento manda a bandeira mudar para vermelho e a fechar empresas, mas não prevê medidas para aliviar a situação de empresários e trabalhadores. Ou seja, aumentam os ônus, mas sem nenhum bônus a mais. Claro que não é fácil ajudar as empresas e as pessoas na medida que elas precisam, mas o sistema poderia, ao menos, prever que, à medida em que as restrições aumentam, houvesse desconto de ICMS ou prorrogação de prazos.
Se tivéssemos uma grande estrutura hospitalar, poderíamos estar em situação bem mais confortável e talvez nem fosse preciso fechar o comércio ainda. Mas muitos hospitais da região não têm mais UTIs. A Central de UTIs do Husm,iniciada em 2013, ainda não está pronta, e o Hospital Regional poderia já ter uma estrutura muito maior. Agora, pagamos esse preço.